quarta-feira, 30 de maio de 2007

PROTOCOLO DE KYOTO


Os ministros de Assuntos Exteriores da União Européia (UE) e da Ásia exigiram nesta terça-feira (29) um pacto mundial contra a mudança climática que suceda, em 2012, o Protocolo de Kyoto para a redução de emissões que causam o efeito estufa. Trata-se da conquista mais importante alcançada pelos 46 ministros do Encontro Ásia-Europa (Asem, em inglês), uma reunião de dois dias que está sendo realizada em Hamburgo, na Alemanha. Os ministros reconheceram, segundo a declaração final emitida pela Presidência alemã do Asem, que a luta contra a mudança climática é um "objetivo comum", embora com "responsabilidades diferenciadas", o que obrigará todos os países em desenvolvimento, incluindo China e Brasil, a assumir compromissos em favor do clima. Para a delegação japonesa em Hamburgo, a declaração é um agrado aos Estados Unidos, país que não assinou Kyoto por eximir os países em desenvolvimento e se nega a assinar um acordo com metas na cúpula que os representantes do G8 -- sete países mais industrializados e a Rússia - farão na próxima semana em Heiligendamm.
Apesar da rejeição de Washington à proposta da Presidência alemã do G8, o porta-voz do Ministério de Assuntos Exteriores do Japão, Mitsuo Sakaba, disse que tem certeza que em Heiligendamm será redigida uma declaração sobre mudança climática. "A proposta alemã era muito radical. Acreditamos que a estratégia a seguir é outra. Primeiro é preciso reunir todos sob um objetivo comum e depois distribuir as tarefas", disse Sakaba. Em Hamburgo, como também não ocorrerá em Heiligendamm, os ministros do Asem não estabeleceram metas -- a proposta alemã para a cúpula do G8 era de reduzir pela metade as emissões de dióxido de carbono (CO2) até 2050 e de elevar a 20% a percentagem das alternativas --, e sim datas. As negociações para esta nova aliança mundial contra o aquecimento global da Terra devem ser concluídas até 2009 para evitar um vazio entre a aplicação da primeira e segunda fase de compromissos previstos no Protocolo de Kyoto. O acordo deverá incluir, segundo os ministros, mecanismos para o desenvolvimento sustentável, novas formas de cooperação tecnológica, formas mais eficazes para a promoção das energias renováveis e um mercado global de energia mais transparente. Os ministros do Asem defenderam o relatório do Painel Internacional sobre Mudanças Climáticas (IPCC) e reconheceram que a energia e a mudança climática, por suas conseqüências na paz e na segurança, se tornou um dos maiores desafios da política internacional.

FONTE:http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL44126-5603,00.html

Um comentário:

Diogo Honorato, disse...

Cara Anna,

Como os temas são correlatos, deixo a sugestão de meu blog sobre educação: http://nossaeducacao.blogspot.com

E parabéns pela iniciativa de utilizar os blogs como complemento de suas aulas.

Diogo