segunda-feira, 16 de abril de 2007

Israel pára por dois minutos em memória às vítimas do Holocausto


Israel parou nesta segunda-feira (16) por dois minutos para lembrar os seis milhões de vítimas do Holocausto, enquanto em colégios e centros culturais foram feitos atos em sua memória. No período, sirenes tocaram por todo o país.Às 10h (horário local) todas as atividades do país foram suspensas, os pedestres ficaram parados e os motoristas desceram de seus veículos ao escutar as sirenes, que só são ativadas em situações de alarme máximo, como a explosão de uma guerra.
Ao longo do dia, diversos atos e cerimônias nos cemitérios manterão vivas as lembranças dos seis milhões de judeus que perderam a vida nos guetos e campos de concentração do regime nazista entre 1939 e 1945, numa política destinada a pôr fim ao judaísmo europeu por meio de um macabro plano conhecido como a "Solução Final".
As forças de segurança se encontram em estado de alerta máximo e os palestinos da Faixa de Gaza e da Cisjordânia foram proibidos de entrar no Estado judeu, como é habitual em todas as festividades por temor a atentados.
Também nesta segunda-feira, embora fora de Israel, cerca de seis mil judeus participarão da "Marcha dos Vivos", percorrendo em silêncio os três quilômetros que separam o campo de concentração de Auschwitz e o centro de extermínio de Birkenau, onde morreram um milhão de pessoas.
O Dia do Holocausto começou no domingo à noite com uma cerimônia no Museu de Yad Vashem, na qual seis sobreviventes desta tragédia acenderam seis tochas, uma para cada milhão de judeus assassinados pelos nazistas.
A jornada de luto será concluída no começo desta noite em Jerusalém, quando na esplanada do Yad Vashem (Museu do Holocausto) um grupo de pessoas escolhido por suas origens e méritos acenderá doze tochas, uma para cada antiga tribo bíblica de Israel.
Vivem atualmente em Israel cerca de 250 mil sobreviventes do Holocausto, 73% deles com uma idade superior aos 76 anos, dos quais a cada dia morrem aproximadamente 30.
O primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, criticou no domingo à noite "aqueles que ainda não aprenderam as lições da Shoah", na cerimônia oficial de abertura da jornada de recordação, no memorial de Yad Vashem em Jerusalém.
Na Knesset (Parlamento), os deputados mencionarão os nomes das vítimas na cerimônia batizada de "todo homem tem nome".
O ministro israelense Rafi Eitan, 80 anos, ex-agente secreto do Mossad que em 1960 capturou o nazista Adolf Eichmann na Argentina, representará o governo de Israel na Marcha dos Sobreviventes em Auschwitz-Birkenau (Polônia).
Milhares de pessoas devem percorrer os três quilômetros entre Auschwitz e Birkenau, onde ficavam as câmaras de gás e os fornos crematórios.
PS:Materia publicada em 16/04/2007 pelo portal www.g1.com.br

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